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Foto do escritorGuaraciara Roma

Realize o Propósito de sua Alma

Atualizado: 26 de mai. de 2021

A vida é uma missão pessoal, mas nem sempre se vive de acordo ou em harmonia com ela.


Photo by Fuu J

Você está realizando o propósito de sua alma? Você sente que está fazendo o que veio fazer ou tem uma sensação de que não sabe pra onde está indo? Tem uma sensação de estranheza, como se fosse um peixe fora d’agua? Se estas perguntas te fizeram pensar, se uma dúvida pairou sobre você, provavelmente você está fora de foco. E provavelmente não colhe o que veio plantar.


A vida é uma missão pessoal, mas nem sempre se vive de acordo ou em harmonia com ela. Quantas pessoas se perdem pelo caminho em busca de uma profissão mais rentável e segura, de um casamento mais rico e de uma vida sem significado e importância. Se perdem fazendo escolhas erradas, cedendo aos apelos do mundo e do Ego e deixando de ouvir os avisos da alma.


Na sociedade atual os interesses estão acima de tudo. Busca-se tanto adquirir para sentir, quanto ter para parecer e pertencer. Essa primazia do Ter em relação ao Ser tem como consequência um vazio interior, uma busca incessante de algo que estimule a se sentir vivo. É um sentimento de inadequação devido à consciência superior e seus propósitos não terem sido ouvidos.


Quando não há consonância com o propósito da alma, os projetos de vida têm dificuldades para serem bem sucedidos. Os obstáculos tornam-se maiores e mais difíceis de serem transpostos. A pessoa sente-se como se estivesse nadando contra a maré. A vida fica mais difícil.


Quem não conheceu aquela pessoa que parece que tudo que ela faz dá certo? Aquela que parece que nasceu pra ter sucesso. Costuma-se dizer que esse tipo de pessoa tem sorte, mas na verdade, ela apenas está sintonizada com o seu compromisso de alma. Ela simplesmente não resistiu e aceita o que a vida está lhe oferecendo.


Algumas vezes a vida traz coisas ou situações que faz pensar: só isso? A vida não tem nada melhor para oferecer? Como no caso da pessoa que sem emprego aceita trabalhar fazendo bico, numa atividade que maneja facilmente e depois descobre ser uma grande oportunidade em sua vida, onde pode dar o seu melhor, sentindo-se consequentemente capaz, feliz e realizado.


Ao desconsiderar e deixar de atender ao chamado interno fica-se em discordância com a missão de vida, perdendo-se a oportunidade de captar e entender a mensagem num nível mais profundo. Vivencia-se uma sensação de fracasso e de inutilidade que pode durar por toda a existência. Não apenas nessa vida. Gerando um descompasso, uma insatisfação interna, uma falta de desejo pela vida. As consequências emocionais como desconforto, desapontamento, aborrecimento e falta de estimulo de realização serão inevitáveis.


A missão quando não ouvida, por não poder se manifestar, poderá surgir em forma de dor ou de reações emocionais intensas, depressão, angústia ou sofrimento. Por outro lado, quando faz a opção do caminho da alma sempre haverá alguma forma de recompensa ou de bem-estar.


A missão de vida é um processo espiritual antes de qualquer coisa, e quando o ser encarna este compromisso já vem justo e acertado. Traz em sua mochila habilidades e competências, que são as suas ferramentas para atingir o propósito assumido. Quando as usa, ele se aproxima de sua missão.


Negligenciar um talento é como não querer entender uma informação que está sendo “dita”. Muitas vezes, pressionadas por fatores externos, as pessoas são levadas a fazerem coisas que não gostariam, para que possam sobreviver ou serem aceitas por um grupo. Com isso se tornam infelizes.


Como selecionadora e coach de vida e carreira por muito tempo, ouvi de profissionais em relação às suas insatisfações e desacertos. Percebia e ainda percebo que as pessoas costumam fazer escolhas erradas, baseadas no aqui e agora ou numa pseudo estabilidade. Carreiras são escolhidas apenas em função de tendências e mercado. Ainda hoje muitos jovens são estimulados por suas famílias a escolherem a profissão do pai ou da mãe, desconsiderando talentos, habilidades e competências, não levando em conta principalmente o apelo da alma.


A primeira obrigação de uma pessoa é executar a missão que lhe está destinada. Existe um chamado único para ela e só ela poderá realizar. Se viver em desacordo com seu propósito, sua intuição e sabedoria interna ficarão bloqueadas e isso a colocará ainda mais distante de realizar sua missão de alma.


Cumprir sua missão requer algumas vezes um ato de coragem, exigindo que se arrisque para chegar aonde se precisa chegar. Significa sair do conhecido rumo ao desconhecido. Do confortável para o desconfortável. É sair da zona de conforto e segurança. Todavia, não existe sucesso sem risco. E quando se estiver disposto a dar esse passo no escuro, em direção a si mesmo, o crescimento será garantido. O medo é uma das grandes travas do ser humano e é exatamente ele que limita a criatividade, o desenvolvimento e a transformação.


É preciso exercitar sair do controle. Deixar que o coração conduza ao invés de ser conduzido pela mente do Ego. Torna-se necessário fazer o que orienta alguns mestres orientais: “Deixe a vida ser o que ela pode ser”.


Para estar alinhado com o propósito de alma é necessário: sair do medo e aceitar a criatividade e expressão única do ser, se permitir errar; cuidar das crianças internas, pois el as têm medo, fome, insegurança e clamam por proteção, carinho e amor. Exterminar as crenças negativas e limitantes e acima de tudo se amar como é. Sem condições, sem limites e imposições.


Por que será que as pessoas após passar por situações limítrofes entre a vida e a morte começam a tomar atitudes que nunca tomariam em circunstâncias normais? Por que começam a agir diferente? É bem provável que esta situação de quase morte os tenham feito refletir sobre o caminho que estavam trilhando. Seus sentimentos de desamor e desrespeito com eles próprios. Esse chacoalhar da vida ou da morte os faz perceber que suas escolhas não estavam sintonizadas com sua missão de alma, que não estavam pautadas no primordial, mas sim no supérfluo. Na culpa a si mesmo e não no autoperdão. Na rota da mente e não do coração.


E você como pauta sua vida? Que sentido tem a sua existência? Passar uma vida longe do propósito da sua essência é ter uma vida desperdiçada. Reveja seus compromissos, reavalie sua vida e carreira, reflita sobre seu caminho, e se depois disso, você perceber que não é nada disso, que queria uma vida diferente, que seu coração canta por coisas e motivos diferentes, mude o curso, pare o mundo e desça. Se alinhe com sua alma e só assim estará mais perto de você mesmo e da sua felicidade.



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